Por muito tempo, a Inteligência Artificial foi encarada como um produto da ficção científica e parecia, no máximo, parte de um futuro distante. No entanto, ela é bem atual e está cada vez mais acessível. Empresas e produtos têm investido nessa tecnologia com o intuito de melhorar a experiência dos usuários e clientes.
O conceito de AI (sigla do termo inglês Artificial Intelligence) se refere à criação de máquinas e tecnologias com habilidade de pensar e agir como humanos, de acordo com o aprendizado supervisionado. Os softwares têm a capacidade de assimilar, reproduzir e deduzir ideias. Em grande parte dos casos, o objetivo da Inteligência Artificial é facilitar tarefas cotidianas, modernizar o mercado e alavancar pesquisas científicas.
Muito se tem falado sobre o assunto, mas você sabe tudo sobre essa nova realidade? Descubra nesse artigo!
Onde a Inteligência Artificial já é utilizada?
Bons exemplos do uso da Inteligência Artificial no nosso cotidiano são os assistentes virtuais. Entre eles, podemos citar os mais conhecidos: Siri, da Apple; Cortana, do Windows; e Google Assistant, do Google. Esses robôs, quase humanos, podem identificar padrões de comportamento, enviar notificações, realizar leituras e até mesmo pesquisas. Tudo isso utilizando a voz.
No ramo do entretenimento, a Netflix e o Spotify utilizam a Inteligência Artificial para assimilar as preferências dos usuários e recomendar filmes e músicas, respectivamente. Algo parecido é feito pela Amazon. A companhia utiliza o Machine Learning para oferecer novos produtos aos clientes.
Os carros também estão na mira de empresas como Google, Tesla, Samsung, Uber e Volkswagen. Essas empresas utilizam a Inteligência Artificial para testar veículos autônomos, ou seja, que dirigem sozinhos e identificam riscos para os passageiros no trânsito. Dessa forma, conseguem prevenir acidentes e erros humanos.
O curioso é que essa tecnologia também começou a ser inserida em mercados mais tradicionais, que utilizam pouca tecnologia ou ainda estão no processo de transformação. Um ótimo exemplo, que já falamos aqui no Documentos Jurídicos, foi desenvolvido pelo Supremo Tribunal Federal, o Sistema VICTOR – STF.
Há, também, outros tipos de inteligências utilizadas para o ramo do Direito. Existem plataformas que leem e interpretam processos judiciais, facilitando o dia a dia dos advogados; e aquelas que proporcionam armazenagem e organização de documentos em nuvens e sistemas automatizados.
A Inteligência Artificial, portanto, não está apenas relacionada com questões que já envolvem algum tipo de tecnologia. Ela pode ser nossa assistente pessoal e profissional em diversos sentido. As possibilidades vêm crescendo e a cada dia surgem novas soluções que inovam o mercado.
Como surgiu a Inteligência Artificial?
O ser humano sempre idealizou máquinas que pudessem trabalhar e agir como ele. Estudos de várias áreas começaram a seguir esse caminho, especificamente durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1943, Walter Pitts e Warren Mcculloch apresentaram, pela primeira vez, um artigo sobre redes neurais, estruturas de raciocínio artificiais em forma de modelo matemático, que imitam nosso sistema nervoso.
Outro artigo importante dessa época é o de Claude Shannon, que, em 1950, falou sobre como programar uma máquina para jogar xadrez, utilizando cálculos de posição simples e mais eficientes. Nesse mesmo ano, Alan Turing desenvolveu uma forma de avaliar se uma máquina consegue se passar por um humano em uma conversa por escrito. Esse é o teste de Turing, originalmente conhecido como Jogo da Imitação, o que inspirou um filme com o mesmo título, lançado em 2014.
No entanto, o marco zero das descobertas foi em 1956, na chamada conferência de Dartmouth. Esse encontro reuniu Natan Rochester, da IBM, Claude Shannon, Marvin Minsk, entre outros pesquisadores da época. Lá, o campo de pesquisa foi batizado de Inteligência Artificial e a máxima do setor foi definida: “Cada aspecto de aprendizado ou outra forma de inteligência pode ser descrita de forma tão precisa que uma máquina pode ser criada para simular isso”.
A partir daí, quem participou do congresso ou se identificou com as propostas, se juntou para fazer a AI sair do papel. As possibilidades eram tão animadoras, que órgãos privados e governamentais investiram pesado na área. Incluindo a ARPA, Agência de Pesquisa de Projetos Avançados dos Estados Unidos, mesma companhia onde nasceu a internet.