O Brasil é um dos maiores exportadores de produtos provindos do Agronegócio, não é à toa que o setor representa 20% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Para que o segmento continue crescendo e os produtores consigam garantir a produção, existem muitas operações que proporcionam mais facilidade e garantias.
Uma delas é a operação Barter, que se popularizou dentro das empresas. Ela é feita por empresas que oferecem insumos agrícolas, como maquinários, fertilizantes, entre outros, em troca da produção do produtor rural. Esse modelo garante vantagens para as empresas fornecedoras e para os produtores, que podem dar continuidade à safra.
Existe um padrão para a operação de Barter?
Cada empresa fornecedora pode optar por uma maneira de trabalhar com esse tipo de operação. É importante reforçar que essas variações devem estar de acordo com as políticas internas das empresas, normalmente relacionadas às áreas comerciais e de crédito.
Em geral, as empresas mais conservadoras tendem a investir em uma modalidade mais simples; enquanto as empresas mais agressivas optam por modalidades diferentes e, consequentemente, assumem um risco maior. Além disso, existem as empresas que traçam uma estratégia de acordo com o perfil de cliente atendido.
Modalidades da operação Barter
Compra de Contrato
Essa é uma das modalidades mais simples do Barter. Ela acontece quando o produtor já foi até a Trading e fechou um contrato, que não está vinculado à nenhuma antecipação de recursos, ou seja, está livre.
A empresa, que realizar a operação de Barter, vende os insumos para o produto e pede para que ele faça uma cessão de crédito desse contrato. Quando o produtor entrega a produção para a Trading com a qual ele negociou primeiramente, ela faz o pagamento direto para a terceira parte envolvida.
Campanha com Trading
Essa modalidade é feita quando a indústria ou revenda se junta com uma Trading e faz uma campanha, a fim de prospectar novos negócios. Isso acontece, normalmente, quando o produtor ainda está colhendo a safra corrente, ou seja, em um período ainda muito adiantado.
Como esse modelo traz um potencial maior para alavancar as vendas, a empresa oferece um pacote atrativo para o produtor, enquanto a Trading oferece um preço para a safra futura. Dessa maneira, a empresa credora tem uma segurança financeira, já que tem o respaldo de atuar em conjunto com a Trading.
Precificação Interna
Essa modalidade se dá quando a própria indústria ou revenda assume o risco da precificação, ou seja, não atua em conjunto com uma Trading ou terceira para ter essa segurança e respaldo.
Nesse caso, a empresa monta os pacotes, coloca todos os insumos e oferece ao produtor. No momento em que a operação é concretizada, em que a troca é realizada, a empresa precisa estar preparada para fazer seu Hedge na Bolsa de Valores.
Para que essa modalidade aconteça da maneira mais segura possível, a empresa precisa ter uma área bem estruturada trabalhando com a operação Barter. Além disso, a área contábil precisa ser envolvida e os processos, devidamente alinhados.
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