Pensando em estimular o mercado de empréstimos com garantia de imóvel (home equity), o Banco Central estuda algumas novas medidas para diminuir o prazo e estimular a concessão desse crédito.
A utilização do home equity já é muito comum nos EUA, e de acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem um potencial de liberar 500 bilhões de reais na economia do Brasil.
Hoje, o empréstimo com garantia de imóvel representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, com os estímulos, a expectativa do presidente da Credihome, Bruno Gama, é que esse percentual possa chegar a 20% do PIB, em 20 anos.
“Essa taxa atual é muito baixa se comparado a países desenvolvidos ou mesmo outros países da América Latina. Com juros em queda, destravamento e simplificação do processo de registro de cartório e os incentivos adequados, o volume de home equity pode chegar a 10% em 8 a 10 anos e até 20% em 20 anos – número que se aproxima dos R$ 500 bilhões citados pelo Banco Central“, afirmou Gama.
Segundo o Estadão/Broadcast, as principais ações pensadas para impulsionar o mercado são: a modalidade guarda-chuva e a portabilidade.
Modalidade guarda-chuva
Atualmente, o modelo de home equity permite apenas um empréstimo usando o imóvel como garantia, independente do valor de mercado deste.
Com a modalidade guarda-chuva, a intenção é permitir mais de uma operação com o mesmo imóvel disponibilizado-o como garantia, mesmo que não se tenha atingido o limite de crédito pré-aprovado no banco.
A ideia do Banco Central é liberar a modalidade guarda-chuva no home equity não apenas para as pessoas jurídicas, mas também para as pessoas físicas e ainda reduzir pela metade o prazo para a obtenção do crédito.
Portabilidade
Quanto à portabilidade, a discussão no Banco Central é sobre a migração de dívidas. Na prática, a intenção é permitir que dívidas mais caras e de outras modalidades, possam migrar para o home equity.
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